21 janeiro, 2008

(...)


("Aqr." - acrílico sobre tela, 60 x 40 cm, acervo)

Entrar na alma sem ser convidado nem invasivo, 
com a solenidade de quem entra num templo e
com a delicadeza de uma brisa, e ser sempre bem-vindo.
Perceber suas cores.
Palmilhar os cantos da alma e percebe-la alegre, triste, dolorida, pensativa.
Ter para cada situação uma pílula de efeito imediato e com precisão cirúrgica.
Sem nunca precisar ouvir uma confissão inspira sentimento de perdão e justificação
Sem penitências, sem conselhos.
Não atribui para si a infalibilidade, 
Portanto, tão confortavelmente humano e tão próximo.
Perseverar em conhecer sua congregação de amigos e exorta-la que, ao contrário do que tantos pensam não é dar bronca mas animar, estimular, confortar.
Extremamente masculino justamente por não temer o feminino.
Apreciador da beleza do feio, da feiúra do belo. 
Comungar com você é comer o pão da palavra, tomar o vinho da poética numa liturgia de afetividade.



(Texto de Solange Maria de M. Marcelino)

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