05 junho, 2011

Sobre o Texto Acadêmico

Essa é uma compilação de artigos que versam sobre a leitura e a produção de textos acadêmicos. Uma boa ferramenta para quem não tem domínio sobre - ou mesmo intimidade com - os textos da academia.
Me ajudou bastante e espero que sirva a quem busca clareza e objetividade na hora de ler/ escrever nesse gênero específico.

In: CARVALHO, Maria Cecília. Construindo o saber. Campinas, SP: Papirus, 1987.

O ESTUDO DE TEXTOS TEÓRICOS
Vera Irma Furlan*

1. O QUE É UM TEXTO?
O texto é obra humana, produto humano, e se expressa através dos mais variados meios simbólicos: peças de teatro, filmes, televisão, pinturas, esculturas, literatura, poesia, livros científicos e filosóficos, artigos de revistas e jornais, etc., etc., etc.

Os textos são a memória do homem enquanto ser-no-mundo e se constituem na herança que possibilita dar continuidade à obra humana na História.

O autor do texto é homem historicamente situado, que vive a experiência no mundo com os homens, que participa do existir num tempo e num espaços específicos a partir de determinadas condições econômicas, políticas e culturais. Enquanto produto das suas relações com o mundo é ao mesmo tempo produtor, que transforma o mundo colocando algo de si, mesmo quando não existe o desejo intencional de fazê-lo.

O texto, a obra, é a expressão do viver, experienciar, participar; é o produto colocado no mundo, tem a marca humana. É a manifestação de que o homem produz nos vários campos das artes, da literatura, do saber. É carregada de significações ... O texto ilumina e esconde, obscurece o mundo e, ao mesmo tempo que pretende dar respostas aos questionamentos suscitados pelos homens, levanta outras questões, outras perguntas. Esclarece, obscurece... A obra é histórica, sempre guarda um sentido subjacente; portanto, não é um objeto, não é algo pronto, acabado, definitivo, absoluto. É um eterno fazer-se, o resultado do conjunto de experiências que o homem vivencia na História.

2. O TEXTO TEÓRICO

O texto teórico é expressão humana através da palavra articulada – linguagem. É através dela que expressa a sua vida. “... E entre os mais variados meios simbólicos de expressão usados pelo homem, nenhum ultrapassa a linguagem, quer na flexibilidade e poder comunicativos, quer na importância geral que desempenha. A linguagem molda a visão do homem e o seu pensamento – simultaneamente à concepção que ele tem de si mesmo e do seu mundo (não sendo estes dois aspectos tão separados como parecem). A própria visão que tem da realidade é moldada pela linguagem.” Os textos teóricos são as obras que expressam um conhecimento do mundo e que se diferenciam de outras expressões simbólicas, e mesmo de outras expressões do conhecimento, à medida que são sistematizados, organizados, metódicos. Expressam os saberes produzidos pelos homens ao longo da História e refletem infinitas posições a respeito das questões suscitadas no enfrentamento com a natureza, com os homens e com própria produção do saber. Como toda obra humana, são imprimidos pela marca da historicidade, “carregam” os significados impressos pelo tempo e espaço em que são produzidos. “Expressam o enfrentamento de seus autores com o mundo”. Traduzem as angústias, os problemas, as questões que são suscitadas pelo mundo e que desafiam os homens, autores dos textos, das obras.

A sistematização, organização e metodização dos saberes expressos nos textos teóricos resultam de um processo de construção ao longo da História em que os pensadores, cientistas, foram efinindo caminhos, sempre na tentativa de encontrar o eixo possível de “esgotamento” de explicação do real. Mas, não se pode esquecer: o que ilumina, também “faz” sombras...

3. A RELAÇÃO AUTOR – TEXTO – LEITOR

A leitura não pode se reduzir a um conjunto de regras de explicação de um texto, como se ele fosse um objeto pronto, acabado, a ser assimilado pelo leitor. O texto “é uma voz humana, uma voz do passado à qual temos, de certo modo, que dar vida”. O abrir-se ao texto pressupõe o diálogo com o seu autor, exige o “ouvir ”a sua palavra, o seu mundo, a compreensão dos significados nele implícitos.

A leitura de um texto pressupões objetivos, intencionalidade... O leitor, ao se dirigir ao texto, está preocupado em responder às questões suscitadas pelo seu mundo e, através do enfrentamento das posições assumidas pelo autor, busca encontrar pistas que o auxiliem no desvendamento de sua realidade. É somente neste encontro histórico, onde experiências diferentes se defrontam, que é possível a compreensão e interpretação de textos. “Assim as humanidades alcançam uma medida mais cheia de autoconhecimento e uma melhor compreensão do caráter de sua tarefa.” Neste sentido, compreender o texto é tomá-lo a partir de um determinado horizonte, da perspectiva de quem se sente problematizado por ele, e a partir daí deixar-se “possuir” por ele.

4. A LEITURA DE TEXTOS TEÓRICOS

Os textos teóricos se constituem em instrumentos privilegiados da vida de estudos na Universidade, pois é através deles que os estudantes se relacionam com a produção científica e filosófica, é através deles que se torna possível participar do universo de conquistas nas diversas áreas do saber. É por isso que aprender a compreendê-los se coloca como tarefa fundamental de todos aqueles que se dispõem a decifrar melhor o seu mundo.
Compreender, interpretar, significa ir além da simples dissecação a que se reduz o formalismo das técnicas de leitura que normalmente afastam, distanciam o leitor da obra.

Para penetrar no conteúdo de um texto é necessário ter em mente, em primeiro lugar, o objetivo do estudo do mesmo, sem o qual há o risco da leitura esvaziar-se do significado. É imprescindível ter claro as questões, os problemas que podem ser desvelados no enfrentamento com o texto, assim como partir do princípio de que ele tem algo a dizer ao leitor.

Em seguida, é preciso localizá-lo no tempo e no espaço. Quem é o seu autor? Quando o escreveu? Quais as condições da época em que produziu sua obra? Quais as principais características de seu pensamento? Quais as influências que recebeu e que também exerceu?

De posse desses elementos é possível elaborar a primeira etapa da leitura, cujo objetivo é preparar o texto para a compreensão, verificando as dificuldades no entendimento da linguagem empregada, dos conceitos apresentados pelo autor. Sugere-se a demarcação dos conceitos, das doutrinas desconhecidas, dos autores citados e, após a leitura, a consulta aos dicionários, enciclopédias, manuais, para a explicitação, sem o que torna-se difícil a compreensão da mensagem do autor.

É necessário reconstruir a experiência mental do autor, captando antes o todo, para depois dedicar atenção às partes do texto. É por isso que um segundo momento da leitura tem como objetivo adquirir uma visão de conjunto do que é tratado no texto, atentando para os temas e subtemas desenvolvidos, o que possibilita a elaboração de um esquema das idéias do autor, seguindo, para isso, a ordem lógica da exposição das mesmas.

Nesta etapa, em que o leitor fundamentalmente “ouve” a palavra do autor, é necessário verificar se a compreensão das idéias está sendo atingida. Para isso, o leitor pode se dirigir ao texto perguntando:

1º) Qual o assunto tratado?
Para se responder a esta pergunta é necessário apontar o tema abordado no texto entre a infinidade desenvolvida pela cultura humana. 2º) Qual o problema central levantado pelo autor?
Considerando que o autor questiona, problematiza o seu mundo, trata-se de verificar a pergunta central levantada pelo texto em estudo.3º) Diante do problema levantado, qual a posição assumida pelo autor?
O autor, a partir do questionamento, apresenta uma resposta, que se constitui no seu modo de encarar o problema levantado, o seu ponto de vista.

4º) Quais os argumentos apresentados que justificam a posição assumida pelo autor?
É necessário apontar todos os argumentos apresentados, as idéias que confirmam a tese, a posição do autor diante do problema levantado.5º) Quais os argumentos secundários apresentados pelo autor? Além dos argumentos centrais, os autores podem desenvolver outros que se .constituem em reforço das justificativas apresentadas. A partir deste trabalho é possível expressar, traduzir a compreensão das idéias do autor através da elaboração do Resumo ou Fichamento, no qual o estudante elabora uma relação ( com o seu próprio vocabulário) apresentando os principais momentos do texto. O estudo de textos, na perspectiva aqui desenvolvida, exige como condição prévia este “ouvir” o autor, mas este trabalho só se realiza plenamente no processo de diálogo, na interpretação, que possibilita o confronto (encontro histórico) entre autor-leitor, mediatizados pela obra. É o momento mais importante do estudo, pois trata-se de “ir além ” do texto, de refletir sobre a perspectiva abordada pelo autor, de verificar a contribuição da mesma para o aprofundamento do assunto e compreensão da realidade. Partindo da concepção aqui apresentada sobre o significado do texto enquanto obra humana, é o momento do leitor levantar as suas questões para o texto, as suas angústias. Trata-se de reconstruir o texto a partir de sua própria condição de ser-no-mundo, de desenvolver a “sua leitura” do mundo, de suas preocupações, de seus questionamentos a partir de suas experiências, que na maior parte das vezes não coincidem com as do autor. É necessário trabalhar profundamente com os argumentos apresentados, descobrindo os pressupostos ( históricos, ideológicos, epistemológicos) neles presentes, confrontando-os com outras posições. Daí a necessidade da leitura de outros textos sobre o tema, de outras abordagens, de outros pontos de vista. Nesta perspectiva, o estudo de textos teóricos exige disciplina, rigor, seriedade, condições conquistadas no próprio processo de desenvolvimento teórico pessoal, na atividade constante de busca que deve estar presente no cotidiano da vida de todos aqueles que pretendem deixar a “sua marca” (por mínima que seja) na História.


FASES DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Uma pesquisa bibliográfica pode ser desenvolvida como um trabalho em si mesma ou constituir-se numa etapa de elaboração de monografias, dissertações, etc.
Enquanto trabalho autônomo, a pesquisa bibliográfica compreende várias fases, que vão da escolha do tema à redação final.
De modo geral, essas fases apresentam algumas semelhanças como as da elaboração dos trabalhos de graduação.

1. Escolha e delimitação do tema
A escolha do tema deve ser feita segundo alguns critérios. Antes de mais nada pesquisar a acessibilidade a uma bibliografia sobre o assunto, pois todo trabalho universitário baseia-se, principalmente, na pesquisa bibliográfica. Outros requisitos importantes são a relevância, a exequibilidade, isto é, a possibilidade de desenvolver bem o assunto, dentro dos prazos estipulados, e a adaptabilidade em relação aos conhecimentos do autor.
Escolhido o tema, faz-se necessário delimitá-lo, ou seja, definir sua extensão e profundidade, o tipo de abordagem.
É importante que os objetivos sejam claramente estabelecidos a fim de que as fases posteriores da pesquisa se processem de maneira satisfatória. Após essa definição, convém definir um plano de trabalho para orientar os procedimentos seguintes. Esse plano é provisório e passa por reformulações sucessivas. Deve ser razoavelmente elaborado quando se iniciar o trabalho de confecção de fichas.

2. A coleta de dados
De posse do tema, deve-se procurar na biblioteca, através de fichários, catálogos, abstracts, uma bibliografia sobre o assunto, que fornecerá os dados essenciais para a elaboração do trabalho.
Selecionadas as obras que poderão ser úteis para o desenvolvimento do assunto, procede-se, em seguida, à localização das informações necessárias.

3. Localização das informações
Tendo em mãos uma lista de obras identificadas como fonte prováveis para determinado assunto, procura-se localizar as informações úteis, através das leituras:
· Leitura prévia ou pré-leitura: procura-se o índice ou sumário, lê-se o prefácio, a contracapa, as orelhas do livro, os títulos e subtítulos, pesquisando-se a existência das informações desejadas. Através dessa primeira leitura faz-se uma seleção das obras que serão examinadas mais detidamente;
· Leitura seletiva: o objetivo desta leitura é verificar, mais atentamente, as obras que contêm informações úteis para o trabalho. Faz-se uma leitura mais detida dos títulos, subtítulos e do conteúdo das partes e capítulos, procedendo-se, assim, a uma nova seleção.
· Leitura crítica/analítica: agora a leitura deve objetivar a intelecção do texto, a apreensão do seu conteúdo, que será submetido à análise e à interpretação;
· Leitura interpretativa: entendido e analisado o texto, procura-se estabelecer relações, confrontar idéias, refutar ou confirmar opiniões.

Caso seja necessário ampliar o levantamento bibliográfico, deve-se procurar na bibliografia de cada obra, nas rodapé, nas referências bibliográficas, a indicação de outras obras e autores que poderão ser consultados.
1. Documentação dos dados: anotações e fichamento

As leituras realizadas numa pesquisa bibliográfica devem ser registradas, documentadas, através de anotações. As anotações tornam-se mais acessíveis, funcionais, se forem feitas em fichas.
Fichar é transcrever anotações em fichas, para fins de estudo ou pesquisa.
A vantagem de se utilizar o método de fichamento para a documentação dos dados está na possibilidade de obter-se a informação exata, na hora necessária. Além disso, pela facilidade do manuseio, remoção, renovação ou acréscimo de informações, o uso de fichas é indispensável na tarefa de documentação bibliográfica.
As fichas ocupam pouco espaço, podem ser facilmente transportadas, possibilitam a ordenação do material relativo a um tema, facilitando o estudo e a elaboração de trabalhos.
Elas se prestam a vários tipos de anotações:
· fichas de indicação bibliográfica (autor, obra, assunto): seguem às normas da ABNT- o conjunto de elementos constantes da bibliografia como indicações bibliográficas, são as seguintes: autor, título, número da edição, local de publicação, editora, data de publicação.
· de transcrições, para citações: trechos selecionados de autores que poderão ser usados como citações no trabalho ou servir para destacar idéias fundamentais de determinados autores.
· de apreciação: anotações a respeito das obras, no que se refere a seu conteúdo ou estabelecer comparações com outras da mesma área. Anotam-se críticas, comentários e opiniões sobre o que se leu.
· de esquemas: podem referir-se a resumo de capítulos ou de obras, quanto a planos de trabalho.
· de resumo: os resumos podem ser descritivos (aponta as partes principais) ou informativos (dispensa a leitura do texto original), dependendo da sua finalidade.
· de idéias sugeridas pelas leituras etc.: idéias para a realização de trabalhos ou para complementar um tipo de raciocínio ou de exemplificação no trabalho. (idéias “cometa”)

Não basta anotar em fichas, é preciso saber usá-las e organizá-las, para que o método de fichamento cumpra suas finalidades.
Toda ficha deve Ter indicações precisas a respeito de seu conteúdo e, muitas vezes, de suas finalidades. Essas indicações começam pelo cabeçalho, que especifica o tema ou assunto ou ainda a finalidade do conteúdo fichado. (facilita a consulta e manuseio da ficha) Em seguida, anotam-se as indicações bibliográficas, ou seja, autor, obra, local de impressão, editora, data e, se for o caso, o capítulo ou as páginas da obra em questão. Esta é uma anotação necessária e deve ser repetida no alto de todas as fichas, se o trabalho consta de várias. O corpo da ficha refere-se a seu conteúdo: esquema, resumo, citação, etc.
Quando o trabalho (resumo, esboço, esquema) exige certo número de fichas, torna-se necessário numerá-las, não só por questão de ordem, mas também para prevenir surpresas desagradáveis.
Um ponto muito importante no que diz respeito às fichas é nunca misturar assuntos ou autores. Cada ficha deve conter assunto relativo a um autor.

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do trabalho científico. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1997.



TÉCNICAS PARA A ELABORAÇÃO DOS TRABALHOS DE GRADUAÇÃO

1. Técnicas de sublinhar para esquematizar e resumir
Sublinhar é a técnica indispensável não só para elaborar esquemas e resumos, mas também para ressaltar as idéias importantes de um texto, com as finalidades de estudo, revisão ou memorização do assunto ou mesmo para utilizar em citações. O requisito fundamental para aplicar a técnica de sublinhar é a compreensão do assunto, pois este é o único processo que possibilita a identificação das idéias principais e secundárias, permitindo fazer a seleção do que é indispensável e do que pode ser omitido, sem prejuízo do entendimento global do texto.Há, porém, certas normas que devem ser obedecidas, para que a técnica de sublinhar produza resultados eficazes.Não se deve sublinhar parágrafos ou frases inteiras, mas apenas palavras-chave, palavras nocionais ou, quando muito, grupos de palavras. Isto porque, ao sublinhar uma frase inteira, além de sobrecarregar a memória e o aspecto visual, corre-se o risco de, ao resumir, reproduzir-se as frases do autor, sem evidenciar as idéias principais, visto que o resumo dever ser uma condensação de idéias, não de frases ou palavras.Deduz-se daí que a preocupação de usar o vocabulário próprio ou o vocabulário do autor é improcedente, pois não importam apenas as palavras, não se resumem apenas as palavras, mas as idéias contidas no texto.A técnica de sublinhar pode ser desenvolvida a partir dos seguintes procedimentos:
a) leitura integral do texto, para tomada de contato;
b) esclarecimento de dúvidas do vocabulário, termos técnicos e outras;
c) releitura do texto, para identificar as idéias principais;
d) ler e sublinhar, em cada parágrafo, as palavras que contém a idéia-núcleo e os detalhes mais importantes;
e) assinalar com uma linha vertical, à margem do texto, os tópicos mais importantes;
f) assinalar, à margem do texto, com um ponto de interrogação, os casos de discordâncias, as passagens obscuras, os argumentos discutíveis;
g) ler o que foi sublinhado, para verificar se há sentido;
h) reconstruir o texto, em forma de esquema ou de resumo, tomando as palavras sublinhadas como base.

ELABORAÇÃO DE ESQUEMAS

O esquema corresponde, grosso modo, a uma radiografia do texto, pois nela aparece apenas o “esqueleto”, ou seja, as palavras-chave, sem necessidade de se apresentar frases redigidas. Utiliza-se o esquema como trabalho preparatório do resumo; para explicar, mais concretamente, determinadas idéias ou para memorizar mais facilmente o conteúdo integral de um texto.

Para elaborar o esquema usam-se setas, linhas retas ou curvas, círculos, colchetes, chaves, símbolos diversos, prevalecendo o gosto pessoal do autor.

Um esquema pode ser montado em linha vertical ou horizontal, pois o importante é que nele apareçam as palavras que contêm as idéias principais, de forma clara, compreensível. As setas, por exemplo, são usadas quando há relação entre a palavra (idéia) do ponto de partida e as palavras (idéias) que são apontadas. Chaves são usadas para ordenar diversos itens etc.

ESQUEMA

CARACTERÍSTICAS DE EM ESQUEMA ÚTIL

1. Flexibilidade : o esquema deve adaptar-se à realidade e não esta ao esquema.
2. Fidelidade ao original : esquematizar não é deturpar, mas sintetizar.
3. Estrutura lógica do assunto: organiza-se pelo esquema a relação da idéia importante e seu desenvolvimento.
4. Adequação ao assunto estudado: mesmo que funcionalidade.
5. Utilidade de emprego: o esquema tem por objetivo auxiliar a captação do conjunto e servir para comunicar algo.
6. Cunho Pessoal: o esquema traduz atitudes e modo de agir de cada um – varia de pessoa para pessoa” ( SALOMON, 1977: 88).

Exemplo de parágrafo esquematizado: “São quatro as atividades principais dos especialistas em comunicação: detecção prévia do meio ambiente, correlação das partes da sociedade na reação a esse meio, transmissão da herança social de uma geração para a seguinte e entretenimento. A detecção prévia consiste na coleta e distribuição de informações sobre os acontecimentos do meio ambiente, tanto fora como dentro de qualquer sociedade particular. Até certo ponto, isso corresponde ao que é conhecido como manipulação de notícias. Os atos de correlação, aqui, incluem a interpretação a interpretação das informações sobre o meio ambiente e a orientação da conduta em reação a esses acontecimentos. Em geral, essa atividade é popularmente classificada como editorial, ou propaganda. A transmissão de cultura se faz através da comunicação das informações, dos valores e normas sociais de uma geração a outra ou de membros de um grupo a outros recém-chegados. Comumente, é identificada como atividade educacional. Por fim, o entretenimento compreende os atos comunicativos com intenção de distração, sem qualquer preocupação com os efeitos instrumentais que eles possam ter ” (Wright, apud SOARES & CAMPOS, 1978:120).

Uma das maneiras possíveis de esquematizar o parágrafo anterior é a seguinte;

Atividades dos especialistas em comunicação:

· detecção do meio ambiente ___________ coleta e distribuição de informações

= notícias


· correlação das partes da sociedade/ __________ interpretação das informações/ reações a esse meio

= editorial/propaganda



· transmissão de cultura ___________ comunicação das informações

= atividade educacional



· entretenimento _______________ atos comunicativos

= distração


Tomando-se por base as palavras sublinhadas que compõem o esquema, elabora-se um resumo do texto. A redação do resumo consiste em organizar frases com as palavras do esquema:

São atividades dos especialistas em comunicação: detecção prévia do meio ambiente, que consiste na coleta e distribuição das informações, ou manipulação de notícias. Correlação das partes da sociedade na reação ao meio, que inclui a interpretação das informações, pelo editorial e propaganda. A transmissão da cultura, que se faz através da comunicação das informações, identificada como atividade educacional. O entretenimento, que se realiza pelos atos comunicativos, e que procura apenas a distração.

REDAÇÃO DE RESUMOS DE LIVROS

ANDRADE, Maria Margarida. Técnica para a elaboração dos trabalhos de graduação. In:
Introdução à metodologia do trabalho científico. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1997, p. 35-6.

O resumo de textos mais longos ou de livros inteiros, evidentemente, não poderá ser feito parágrafo por parágrafo, ou mesmo capítulo por capítulo, a partir do que foi sublinhado. Neste caso, o aluno deve adotar os seguintes procedimentos:

a) leitura integral do texto para conhecimento do assunto;
b) aplicar a técnica de sublinhar, para ressaltar as idéias importantes e os detalhes relevantes, em cada capítulo;
c) reestruturar o plano de redação do autor, valendo-se para isto, do índice ou sumário, isto é, identificar, pelo sumário, as principais PARTES do livro; em cada parte, os CAPÍTULOS, os títulos e subtítulos. De posse desses elementos, elaborar um plano ou esquema de redação do resumo;
d) tomar por base o esquema ou plano de redação, para fazer um rascunho, resumindo por capítulos ou por partes;
e) concluído o rascunho, fazer uma leitura, para verificar se há possibilidade de resumir mais, ou se não houve omissão de algum elemento importante. Refazer a redação, com as alterações necessárias, e transcrever em fichas, segundo as normas de fichamentos.

Nesse tipo de resumo, a técnica de sublinhar é útil para ressaltar as idéias principais do texto, mas, como a redação não pode ser feita a partir do que foi sublinhado, é preciso sintetizar, procurar no sublinhado apenas o indispensável à compreensão global do assunto.

Nem sempre há necessidade de manter todos os títulos e subtítulos; a natureza da obra, do processo do raciocínio do autor e de sua forma de argumentação é que apontarão a necessidade de se conservar ou não a divisão do livro em partes e capítulos.

É indispensável considerar o resumo como uma recriação do texto, uma nova elaboração, isto é, uma nova forma de redação que utiliza as idéias do original.

Segundo ANDRADE (1992:53), o resumo bem elaborado deve obedecer aos seguintes itens:
1. apresentar, de maneira sucinta, o assunto da obra;
2. não apresentar juízos críticos ou comentários pessoais;
3. respeitar a ordem das idéias e fatos apresentados;
4. empregar linguagem clara e objetiva;
5. evitar a transcrição de frases do original;
6. apontar as conclusões do autor;
7. dispensar a consulta ao original para a compreensão do assunto.

In: ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 2 ed.
São Paulo: Atlas, 1997.



O RELATÓRIO

Relatar é basicamente “contar o que se observou”. É tipicamente o primeiro texto produzido após uma pesquisa de campo ou de laboratório. O relatório é por natureza descritivo, podendo também constituir um trabalho de conclusão de curso, após o estágio.
As partes essenciais de um relatório são:

1. Introdução: descreve-se a importância ou relevância (social, científica ou acadêmica) do trabalho, objetivos, as relações com o contexto social. Pode-se também elaborar um histórico sucinto da área de atuação

2. Desenvolvimento

2.1. Referencial teórico: é o texto resultante de levantamento bibliográfico, de qualquer extensão, que indica ao leitor o tratamento científico atual do tema/problema. Inclui definição de conceitos, a menção de trabalhos já realizados a respeito do assunto, a teoria que dá sustentação ao trabalho realizado.

2.1. Metodologia: faz-se a descrição detalhada dos procedimentos desenvolvidos no estágio, além dos recursos humanos e materiais envolvidos

2.2. Apresentação das atividades desenvolvidas/resultados/: Relatam-se as atividades desenvolvidas, expondo os resultados obtidos e ordenados pelos objetivos do trabalho. Caso queira ressaltar normalmente os aspectos quantitativos, é comum a utilização abundante de gráficos, tabelas que ilustrem esses aspectos.

3. Conclusão: (Sugestões/ recomendações) devem constar, de forma sintética, os elementos desenvolvidos no decorrer do corpo do trabalho Conclui-se comparando esses dados ao objetivo que norteou o estágio, estabelecendo-se o quanto foi conseguido em relação ao objetivo proposto.

4. Bibliografia: conforme as normas da ABNT

5. Apêndices e Anexos: documentos como: programas, fotografias, gráficos e tudo o que se considera importante. (apêndice- documento elaborado pelo próprio autor/ anexo – documento não elaborado pelo próprio autor)

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do trabalho científico. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1997.
SANTOS, Raimundo Antônio dos. Metodologia Científica – a construção do conhecimento. 4. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.



A RESENHA

Resenha – tipo de resumo crítico, contudo, mais abrangente: permite comentários e opiniões, inclui julgamentos de valor, comparações com outras obras da mesma área e avaliação da relevância da obra com relação às outras do mesmo. (Andrade)
Resenha- É talvez, o nível mais elementar de pesquisa científica, e caracteriza-se apenas como pesquisa exploratrória; pois, embora possa conter uma crítica, o texto base já está pronto. É, também, excelente exercício inicial de autonomia intelectual, uma vez que o exame de obras já prontas oportuniza treinamento de compreensão e crítica, além do contato mais aproximado com bons autores e com o pensamento já elaborado, o que, para o iniciante, servirá de modelo interessante de produção científica. (Santos)

1. Identificação da obra - autor(es), título (subtítulo), imprenta (local de edição, editora, data),
número de páginas, ilustrações (tabelas, gráficos, fotos, etc.).

2. Credenciais do autor- formação, publicações, atividades desenvolvidas na área.

3. Conhecimento - resumo detalhado das idéias principais, assunto da obra, forma como foi abordado.

4. Conclusão do autor – localização e breve explicação das conclusões do autor.

5. Quadro de referências do autor – teoria que serviu de embasamento, método utilizado.

6. Apreciação
a . Julgamento da obra: autor em relação às correntes científicas, filosóficas e culturais/ circunstâncias culturais, sociais, econômicas, históricas.
b . Mérito da obra: contribuição / idéias verdadeiras, originais, criativas/ conhecimentos novos, amplos.
c . Estilo: conciso, objetivo, simples/ Claro, preciso, coerente.
d . Forma: lógica, sistematizada/ originalidade e equilíbrio na disposição das partes.
e . Indicação da obra: grande público, especialistas, estudantes.


ANDRADE, Maria Margarida de. Como elaborar trabalhos de pós-graduação. São Paulo: Atlas, 1998.
SANTOS, Raimundo Antônio dos. Metodologia Científica – a construção do conhecimento. 4. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.



FICHAMENTO

1. FICHA DE CITAÇÃO - É que a contém a transcrição fiel, a cópia de trechos ou frases da obra consultada. Normalmente citam - se as frases mestras, porque estas expressam a idéia central do texto ou do parágrafo. Neste caso, trata-se da citação chamada textual ou formal, caracterizada no texto, dentre outros meios, pelo uso das aspas. Salvador recomenda critério e moderação nas citações, ao afirmar que uma citação só se faz, "quando autor expressa uma idéia de forma tão concisa e clara que seria impossível expressá-la de modo melhor ", sendo conveniente vir acompanhada ou precedida, no texto, do resumo da idéia , como condição para não deturpar o pensamento fiel do autor.


A expansão do latim Conseqüências... 4.1

FARIA, E. História externa do latim. In: ____. Gramática Superior da Língua Latina.
Rio de Janeiro: Acadêmica, 1958. p. 6 - 7.

"O relato, segundo a tradição, dos primeiros tempos de Roma é positivamente lendário. Deles, porém, a arqueologia e o estudo das instituições romanas nos permitem uma visão, sem dúvida fragmentária e imperfeita, mas em compensação muito mais verídica. Assim, na judiciosa expressão de L. Homo, hoje, ‘indubitavelmente sabemos pouco, mas começamos a sabê-lo bem’. "



2. FICHA DE RESUMO - É a que contém uma paráfrase do trecho lido, isto é, a transcrição das idéias do autor com palavras próprias. O resumo é uma forma de citação, chamada citação livre ou conceitual, e por isso deve vir precedido ou seguido, no texto, da referência bibliográfica. O resumo de cada tópico ou parágrafo e a sua correspondente anotação supõem a compreensão do texto inteiro e a adequação ao problema que se quer resolver. Pode-se fazer uma reprodução livre do trecho lido ou se pode acompanhar a mesma linha estrutural do texto. Deste modo, um resumo pode ser do tipo esboço ou do tipo sumário.
Exemplo de ficha de resumo tipo esboço


A expansão do latim Por que estudar o latim 4.2

NÓBREGA, V. L. O latim para as profissões liberais. In: ___. Metodologia do Latim.
2.ed. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1962. p. 47.

Os conhecimentos do latim são sempre úteis a qualquer profissão liberal:
a) ao jurista permitem acesso ao Direito Romano e à linguagem jurídica;
b) ao médico fornecem a nomenclatura médica;
c) aos professores de humanidades permitem acesso aos autores clássicos;
d) aos engenheiros e arquitetos traduzem os ensinamentos de varrão, Plínio e Vitrúvio.



Exemplo de ficha de resumo tipo sumário:

A expansão do latim Por que estudar o latim 4.2

NÓBREGA, V. L. O latim para as profissões liberais. In: ____. Metodologia do Latim.
2. ed. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1962. p. 47.

Os estudos de latim serão sempre úteis, qualquer que seja a profissão que o estudo venha a seguir: o jurista, o médico, os professores, os agrônomos, engenheiros e arquitetos terão no latim, cada um a seu modo, o melhor meio de facilitar o seu estudo ou aprofundamento da profissão.



1. FICHA ANALÍTICA - É a que contém comentários, análises, críticas, anotações pessoais sugeridas pela leitura. Como passo preparatório para a redação, esta ficha tem especial importância, porque, ao fazê-la, o leitor exercita a reflexão e registra as próprias impressões a respeito da questão em estudo.


A expansão do latim Por que estudar o latim 4.2

NÓBREGA, V. L. O latim para as profissões liberais. In: ____. Metodologia do
Latim. 2. ed. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1962. p. 47.

A posição Adotada por Nóbrega em relação à importância do latim para as diversas profissões liberais supõe que esta língua seja muito bem ensinada, de modo a dar aos profissionais competência para o desempenho cultural. Como o latim vem sendo mal ensinado, a sua utilidade fica prejudicada ou diminuída.



Fases da Pesquisa Bibliográfica
¨ Escolha do tema: relevante, aplicável, adaptado à realidade preocupação básica a bibliografia.
¨ Delimitação do assunto: por limites - abrangência, profundidade e extensão do assunto.
¨ Pesquisa bibliográfica: leitura e fichamentos
¨ Seleção do material coletado
a) Leitura prévia e de contato - índice, orelha de livro, prefácio
b) Leitura seletiva - ler marcando o que chama mais atenção
c) Leitura crítica/analítica - leitura mais atenta com análise
d) Leitura interpretativa - confronto de idéias - reelaboração pessoal
Planejamento de Trabalho inclui introdução, desenvolvimento e conclusão.
Introdução: o que será abordado em linhas gerais.
Desenvolvimento: mais específico - idéias que fundamentará a argumentação, isto é alinhar argumentação pró e contra, citações de obras consultadas - ordem dos fatos.
Conclusão: decorrência da argumentação - retomada da introdução.
Parte referencial - sinopse - resumo do livro.
Bibliografia



TRABALHOS CIENTÍFICOS
“Trabalhos científicos são escritos que resultam de pesquisas científicas e também, em sentido largo, de pesquisas didáticas.” (SALVADOR, 1977: 11)
1. Trabalhos de síntese – sinopses e resumos

· Sinopses – (em inglês, synopsis ou summary; em francês, résumé d’auteur): indicam-se o tema ou assunto da obra e suas partes principais. Trata-se de um resumo bem curto, elaborado apenas pelo autor da obra ou por seus editores. Ex.:
“Ensaios de acumuladores elétricos do tipo ácido-chumbo.
João William MEREGE
Definição dos termos usados, de acordo com as especificações da ABNT. Aparelhos usados e tratamento prévio necessário ao êxito dos ensaios. Fases dos ensaios parciais: determinação da tensão final de carga, da f. e m., da capacidade em A-h e W-h, dos rendimentos. Gráficos e tabelas dos resultados obtidos. Diferenças entre os métodos da S.A.E. e da ABNT.”

Segundo as normas da ABNT (NBR 6028), os resumos são classificados pela extensão e grau de complexidade das informações que oferecem em:
· Resumo indicativo ou descritivo –nesse tipo de resumo descrevem-se os principais tópicos do texto original, e indicam-se sucintamente seus conteúdos.
· Resumo informativo ou analítico – é o tipo de resumo que reduz o texto a 1/3 ou 1/4 do original, abolindo-se gráficos, citações, exemplificações abundantes, mantendo-se, porém, as idéias principais. Não são permitidas as opiniões pessoais do autor do resumo.
· Resumo informativo/indicativo – reúne as características dos dois anteriores;

Com base na bibliografia de Documentação e Metodologia Científica:
· Resumo crítico – condensação do texto original a 1/3 ou ¼ de sua extensão, mantendo as idéias principais; admite opiniões e comentários do autor do resumo;
· Resenha – tipo de resumo crítico, contudo, mais abrangente: permite comentários e opiniões, inclui julgamentos de valor, comparações com outras obras da mesma área e avaliação da relevância da obra com relação às outras do mesmo gênero.

1. Resenha crítica –“apresentação do conteúdo de uma obra, acompanhada de uma avaliação crítica”.
“Uma resenha pode ser informativa, limitando-se a expor o conteúdo do texto resenhado com a maior objetividade possível” (SEVERINO, 1985: 181).
A resenha deve resumir as idéias da obra, avaliar as informações nela contidas e
a forma como foram expostas e justificar a avaliação realizada.”
2. Trabalhos de divulgação científica – notas ou comunicações científicas; artigos; memória científica.

Artigo – trabalho científico completo, cuja extensão não é suficiente para compor um livro. (Geralmente destinado a uma publicação periódica)

Memória científica –
Memória Científica Recapitulativa : apresenta todos os conhecimentos referentes a um assunto, num conjunto completo e sistemático. (final de graduação);Memória Científica Original – ou Tese (final de pós-graduação)Divulgação científica – processo de transmissão de conhecimentos ao público geral ou particular.Papers – é o texto escrito de uma comunicação oral. (normas dos artigos científicos)Comunicação Científica – uma modalidade de trabalho apresentada oralmente em congressos, simpósios e outros eventos científicos. Eventos científicos: Simpósio – Duas ou mais pessoas expõem um tema de sua especialidade – cada um apresenta uma parte ou focaliza-o de pontos de vista diferentes, com a participação do auditório;Mesa redonda – reunião de especialistas que sustentam posições divergentes e mesmo opostas a respeito de um tema. (precisar informações e fornecer esclarecimentos);Painel – reunião de vários especialistas que vão expor suas idéias sobre determinado assunto, de maneira informal e dialogada. (proporcionar um conhecimento mais aprofundado de um tema – participação do auditório)
3. Relatórios e informes científicos – todos os escritos científicos – Um tipo de trabalho que compreende descrição do planejamento, formulação de hipóteses, apresentação dos instrumentos de pesquisa, dos procedimentos adotados, dos dados obtidos, dos resultados e conclusões.
Informe científico – dá notícia dos resultados obtidos em uma pesquisa, as descobertas feitas pelo pesquisador ou os primeiros resultados de uma pesquisa em curso.
Relatório – “descrição objetiva de fatos, acontecimentos ou atividades, seguida de uma análise rigorosa, com o objetivo de tirar conclusões ou tomar decisões” (SALVADOR, 1977: 27) Partes : folha de rosto, sumário, introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia.
4. Trabalhos monográficos – referem-se aos trabalhos específicos dos cursos de pós-graduação: monografia, ensaio, dissertação e tese.

Ensaio – uma exposição bem desenvolvida, objetiva, discursiva e concludente. Trabalho livre, pessoal, que não requer domínio das técnicas de pesquisa nem a utilização de aparato técnico, mas exige do pesquisador ampla cultura, maturidade intelectual e não aspectos das normas nacionais e internacionais de padronização

Fonte: http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:A6wwE_TczRcJ:www.facape.br/delza/mc/Metodologia_Cientifica_-_prof_Delza.doc+o+que+%C3%A9+texto%3F+Furlan+In+Cec%C3%ADlia&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESg5QSNh_F498k73ORg_79J3Vq4KXjB2Dd7qq9wbHdAnwr7xAJReeQSAkvBSgfGKmPgKBuqjZni967bQNa248R8TAPKFKd3O1y0CQZz_65boNh23psIGGRQaqQXGwZA-MW3RpjYA&sig=AHIEtbSE6llQFgpGEErhdLMsZAQidgCMLw

Ver também:
http://www.firb.br/abntmonograf.htm

http://humanas.unifesp.br/novo/images/documentos/normaliza2010.pdf