03 setembro, 2010

Ensimesmado

(...)

Dorgas, mano!

Saí correndo, subi a escada e fui dar uma de David Lee Roth ao som de Jump: caí com a garrafa térmica, ralei o cotovelo e quebrei minha caneca preta. uhasiuhasusauihsauha
Ainda bem que nessas horas ninguém tem uma câmera.
Preciso tomar menos café! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Joker face.

Li grande parte do que você escreveu. Malgrado as diferenças, de idade e de temperamento, e a grande vaidade de consumidor, tão entranhada - a ilusão de ser sempre único -, me reconheci em muita coisa. Releio vez por outra, tentando ao máximo não ser intrometido ou inconveniente, que são coisas que eu realmente não suporto.
Já passei bom tempo te olhando, em carne e pixels. Não me cansei ainda porque parece, enigmaticamente, que cada imagem revela uma pessoa sempre diversa. Todas elas me fazem sorrir. Umas mais que outras.
Ouvi as músicas. Tentei entender mas quando me dou conta já perdi o fio do pensamento, abandonado ao timbre peculiar da dona da voz. Assim não funciona!
De você sei quase nada. Mas é sempre uma alegria poder desfrutar desses pequenos fragmentos, tentando compor as lacunas do mapa, restaurar a pintura, decifrar o alfabeto.
Não sei o que é exclusivamente meu. Mas sei algo do que é exclusivamente seu.
Sei do teu abraço, por exemplo, que é um bálsamo que costumas administrar (aconselho, e seria uma maravilha se todo mundo experimentasse ao menos um desses na vida!) Pessoalmente não sou muito de distribuir abraços. Ou mesmo sorrisos.
Sei do cheiro bom dos teus cabelos.
Sei do teu sorriso e do teu olhar atento (quero muito conhecer o distraído, que beleza deve ser...).
É possível que eu esteja pensando em você agora, enquanto lês (se VOCÊ lê. Alguma graça está em não saber, não é?). É possível que esteja com você na cuca e é bastante provável que esteja, a qualquer hora do dia, quando você levantar o sobrolho se perguntando: "_Acaso esse camarada pensa em mim?" A resposta é sim, Schroedinger, com menores chances entre 19h30 e 22h30 (isso dependendo do dia da semana).
Teu quebra cabeça monopoliza meus miolos durante grande parte do dia. Isso porque, pra bem ou pra mal, funciono movido pela beleza; no universal ou no particular, seja a Idéia sublime de Platão, sejam as encarnações de beleza como a sua, encantadoras e fascinantes, como nas serpentes e nos felinos todos.
Não espero que sustentes a carga de ser a 'musa inspiradora' que, sei, a minha projeção é problema meu.
Também não reclamo. Só não quero mesmo ser intrusivo.
Quando dei por mim, tinha me habituado a jogar Paciência. Sinto contudo que, mesmo perdendo (que no final das contas a gente sempre perde algo), essa parceria relmente merece ao menos uma partida jogada.
Você escolhe. Corta o barato, ou o baralho.