11 agosto, 2012

Agradecimentos

Mesmo com todo incentivo - dos meus pais, irmãs, alguns dos meus professores - para que eu me empenhasse nos estudos, é fato inegável que eu vim de um lugar onde o acesso à cultura erudita e às artes em geral era bem complicado. Mesmo assim, dentro das minhas, das nossas limitações, tornei-me um dos melhores no que fazia. Desde muito pequeno, o aprendizado solitário, concentrado, sempre me deu enorme prazer. Por essa razão, julguei durante muito tempo que era bem inteligente, mais do que a maioria.
Isso também me dava certa segurança.
Ao encontrar, contudo, de volta aos bancos da universidade, homens e mulheres, jovens via de regra - ao menos mais jovens do que eu, predominantemente - percebi o quanto me falta a aprender e quantas inteligências e coisas há, as quais, tenho plena consciência, nunca estarei apto a desenvolver ou atingir em toda uma existência de aprendizado e vivências. É espantoso e angustiante.
Acho que é uma lição difícil, das mais complicadas de se levar pra casa.
Mas como todo fato inevitável, traz também uma parcela de paz e tolerância, uma espécie de compaixão para consigo e empatia para com os outros. Traz um sentimento de encontro e realização, e um forte senso de admiração e humildade.
Dificuldades ainda há, e muitas. E outras ainda hão de surgir e desaparecer.
Mas gostaria, sobretudo, de agradecer a todos - pais, irmãs, professores (os antigos e os novos), amigos (os antigos e os novos) - por colaborarem para que esse momento fosse possível, para que haja se tornado uma realidade para mim.
Meu muitíssimo obrigado.
Espero ser capaz de retribuir na medida de minhas limitações (perdoem, o excesso de formalidade certamente é uma delas), mas também, e principalmente, das minhas capacidades.