06 fevereiro, 2011

Assuntos cabeludos.





Eu vou te emprestar o meu prestobarba
Pois quero te ver raspada
Eu só quero raspada
Só quero raspadinha meu bem
Se você quiser eu raspo também
Raspe logo o matagal
Pra livrar a área do quintal
Eu só quero raspada
Só quero raspadinha meu bem
Se você quiser eu raspo também
Isso é coisa de cigana
Você tá parecendo Claudia Ohana
Tira a palha da cabana
E deixa o sol entrar
Só quero raspadinha meu bem
Se você quiser eu raspo também


(Hino em louvor à raspada, composição de Zéu Britto no álbum 'Saliva-me', 2007)




Quais as motivações para se ficar nu em público? A pêlo?
Como e por que existem diversas nudezes (erótica, pornográfica, artística...)? O que as diferencia?
Sexo vende?
Quanto é?
Toda arte genuína e sua busca supõe algum nível de auto exposição? De sublimação?
O que é arte?
Por que pagamos (em todos os sentidos, e muito) pela nudez?
Corpo: sujeito a objetivar-se, objeto a sujeitar-se?
O meu, o seu?
Como ser enquanto corpo e, no entanto, ser mais que isso?

Corpo cotidiano: vestir-se pra trabalhar e despir-se pra trepar.
Morrer só engravatado.
A nudez de cada um é tão particular quanto à sua opinião política. Guarde a sua pra si. Corpo diplomático é outro departamento.
Não, índios não contam (zeros fora).
Nem escrevem (fato).
Mas fazem arte (manu)
(quando mortos). (fatura)


Peço perdão, mas sem meus óculos eu me sentiria nu.



Só o rosto é indecente. Do pescoço para baixo, podia-se andar nu.
(Nelson Rodrigues)

Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo.
(Luis Fernando Veríssimo)

No fundo,sabemos que o outro lado de todo o medo é a liberdade.
(Marilyn Ferguson)

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