"Enganar-se a respeito da natureza do amor é a mais espantosa das perdas. É uma perda eterna, para a qual não existe compensação nem no tempo nem na eternidade: a privação mais horrorosa, que não é possível recuperar nem nesta vida... nem na futura!"
(Soren Kierkegaard)
Eu sou a areia da ampulheta
O lado mais leve da balança
O ignorante cultivado
O cão raivoso inconsciente
O boi diário servido em pratos
O pivete encurralado
Eu sou a areia da ampulheta
O vagabundo conformado
O que não sabe qual o lado espreita
O pesar das pirâmides
Cachaceiro mal amado
O triste-alegre adestrado
Eu sou a areia da ampulheta
O que ignora a existência
de que existem mais estados
Sem idéia que é redondo
o planeta onde vegeta
Eu sou a areia da ampulheta
Eu sou a areia
Eu sou a areia da ampulheta
Mais um que carrega sua bandeira
De todo o lugar o mais desonrado
Nascido no lugar errado
Eu sou, eu sou você
(Areia da ampulheta, Raul Seixas)
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